Psicose da cabeça dura

17 de jan. de 2011 - não enviada por Camila Rufine
Minha mãe sempre brinca que fui bem batizada. Tudo porque eu, assim como minha madrinha (que também é minha avó paterna), somos assim: quando colocamos uma idéia na cabeça, não sossegamos até que a colocamos em prática.

Quando a idéia vem, a urgência é tanta que quase vira uma obsessão. Se requer plananejamento, torno-me a melhor estrategista. Se requer dinheiro, transformo-me na mais sovina economista. Se requer tempo, cronometro aflitamente dias, horas, minutos e segundos. Se requer coragem, recorro à engarrafada. Se é estapafúrdia, encontro um meio de torná-la lógica.

Mobilizo o mundo e sobrecarrego amigos, pais e parentes de detalhes sobre a estratagema. E quando consigo o que quero, usufruo dez minutos a minha conquista. Sou inundada por um forte sentimento de autossatisfação seguido de um profundo descaso. Largo o meu novo troféu de lado e fico esperando a próxima idéia fixa surgir, para que eu possa dar continuidade ao meu ciclo vicioso.

2 Response to "Psicose da cabeça dura"

  1. Tatiana Lazzarotto Says:

    E aqueles que desfrutam bem, que sossegam com a conquista, não têm um quinhão da sua persistência. É a vida, ou o ditado: Deus dá nozes a quem não tem dentes.

    Adorei o texto.

  2. Graci Says:

    Eu, depois de 15 minutos de decisão, arrefeço, por isso admiro que é determinado.

    p.s: lembrei a senha do blog. Posso comentar e postar de novo. \o/