Má-drasta...

27 de nov. de 2008 - não enviada por CamilaRufine 8 comentários

Não estou aqui para oferecer um lugar no céu por um precinho camarada, nem pedir doação para a Fundação da Nossa Senhora do Dente do Siso. Mesmo assim, espero merecer sua atenção por um ou dois minutinhos.

Nunca a vi, mas já ouvi seu berreiro uma vez. E posso dizer dessa única impressão e também dos comentários que ouço a seu respeito, que você faz o tipo de mulher 'do-lar' cujo ponto alto do dia é acompanhar a novela das nove. Suponho que você se identifique com a mocinha da trama. E mais: sou capaz de apostar que você se olha no espelho e vê, além do reflexo de índa-semi-Perla, uma mulher sofrida, santa e caridosa que casou virgem e sofre a perseguição dos dois enteados.

Na sua cabecinha de alho, essa mulher santa que você acha que é, não faz nada além do bem. Sua moral aprova varrer lixo pro quarto dos filhos concebidos no pecado do seu marido; justifica dizer pra todo mundo que aquele vinho no chão do quarto da menina-bastarda seja macumba; acha digno de louvor chamar alguém de biscate, só porque fez sexo com o namorado...

Ô índia dos cabelos negros, acorda pra vida! Desliga a novela e vá ler um livro. Qualquer livro. Não tente segurar seu marido no desespero. Ao invés de tentar jogá-lo contra os filhos, tente encarar o sexo como um momento não só de procriação. No lugar de tentar fazer da vida seus enteados um inferno, faça a sua felicidade indepentente da ruína dos outros. Preste mais atenção e interprete melhor o sermão que o padre dá na igreja que você vai sempre que pode. E antes de blasfermar, lembre-se do bosta que seu filho legítimo está virando.

Péra, péra, péra! Antes de vir pra cima de mim com seu tercinho e água benzidos pelo padre da televisão ou fazendo o nome do pai repetidas vezes, deixe eu me apresentar. Sou uma amiga muito próxima da menina linda que você tenta constantemente acabar com a vida, por inveja, mas não consegue.

Ao contrário daquilo que você tenta se convencer que seja a realidade, ela não vive em um mundinho pequeno, não é infeliz e não vê a hora de morar longe de você e da sua esquizofrenia paranóica.

E não, eu não perdi meu tempo te escrevendo pra te convencer que você nunca será a protagonista gente boa que acredita ser. Estou quase ciente de que tenho mais poder de persuasão com um cachorro surdo do que com você. Mas sim, estou aqui pra rir da sua cara que nem conheço, pois dessa vez a 'mocinha' vai se lascar!

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Senhor Passado

21 de nov. de 2008 - não enviada por CamilaRufine 6 comentários
Estou farta dessa sua mania de me assombrar, tentando me lembrar que ‘podia ter sido assim’, ou ‘como você foi trouxa, né?’. Pára! Por sua causa, ainda lamento coisas imutáveis. Continuo entrando em orkuts de pessoas que sabe-se lá se importam de eu ainda existir. Por sua culpa, fico remoendo respostas que podia ter dado. Imaginando os destinos que eu poderia ter mudado... Chega!

Aceite uma coisa: você já era. E, apesar de você ter a capacidade de me machucar, eu não lhe dou o direito de ocupar espaço principal na minha vida. Se eu fui capaz de enfrentar meu medo, também posso me impor para você. Não quero você mais de inquilino, pois o aluguel aumentou. E o preço é um centavo a mais daquilo que você consegue pagar. Saia!

Encha as suas malas com todos os sentimentos de raiva, rancor, vergonha e recalque enrustido. Deixe apenas as coisas que me fizeram transformar em uma pessoa melhor. Vá morar em um museu, num brechó, ou na casa de alguém que sofra de Alzheimer. Eles, sim, precisam de você.

É isso. E quando sair, favor fechar a porta.

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Tudo o que você não soube...

16 de nov. de 2008 - não enviada por CamilaRufine 6 comentários

... nem precisava saber (em ordem mais ou menos cronológica):


Já comi barata.
Já fiz uma vizinha comer bolo de areia.
Já colei chiclete propositalmente no cabelo do meu irmão.
Já escondi um ovo frito atrás do sofá porque não queria comer.
Já tive que ser segurada por duas pessoas para conseguirem tirar um bicho de pé.
Já chorei assistindo lua de cristal (e quando minha mãe perguntou, eu disse q tinha machucado o dedo).
Já menti a idade pra entrar mais cedo no colégio (ordens de mãe).
Já usei topetes de gel.
Já pesquei um cágado com um grão de arroz.
Já pesquei uma galinha.
Já roubei tazos.
Já gostei de Alexia.
Já levei absorvente da minha mãe pra mostrar pras amigas da escola.
Eu assistia Caça Talentos (Por, por, por, por Merlin!).
Já menti sobre o acontecimento do primeiro beijo.
Fiz xixi na calça de tanto rir na esquina da Gdário, em meados do ensino médio.
Já fiquei horas perdida dentro da UEM.
Já ganhei campeonato de grito.
Já tive medo de E.T.
Já bebi vodca com fermento.
Já beijei cinco em um final de semana.
Já escrevi cartas inúteis, só pra driblar a insônia.


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Aos cuidados de Senor Abravanel

5 de nov. de 2008 - não enviada por CamilaRufine 3 comentários
Caro todo-poderoso das maçãs do Baú;

Informo que a exploração dominical ostensiva da imagem da pequena Maísa Silva já resulta em repulsa.
Entretanto, o Chaves continua com a mesma graça de sempre.

Att.;



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