Ela não esperava por essa.
E, de repente, o esboço de esperança que ela tinha desapareceu, dando lugar a um dos maiores sentidos figurados - e clichês - da decepção: o chão se abriu, deixando seus pés sem apoio. Uma queda imaginária, mas sem fim, que fez o seu estômago congelar. Seu corpo tremia.
Ainda anestesiada pela novidade, teve ganas de se punir. Queria qualquer coisa feia para si mesma como castigo por ter acreditado que daria certo. Pensou em desinfetar sua derrota com a ingestão de qualquer coisa alcoólica. Cogitou desistir de tudo, mais uma vez.
Depois de alguns instantes seu cérebro voltou a funcionar. E mais rápido, para compensar o tempo de letargia. Na pressa, dopou-a com uma descarga enorme de enzimas. Ao menos foi esse o diagnóstico que ela se deu quando sentiu uma vontade incontrolável de gargalhar. Achou que poderia estar louca. Talvez fosse isso mesmo. Tudo não passaria de um delírio esquizofrênico. Mas não era. Abriu e fechou os olhos e a verdade continuou ali, escancarada.
Voltou para o quarto para se recompor. Abriu a gaveta em busca do celular para pedir o ombro da amiga mais próxima. Mas antes de alcançar o aparelho, encontrou a cartela de anticoncepcional e viu que restavam apenas duas pílulas. Bingo. Ela estava de tê-pê-eme. Isso explica os quilos a mais, mesmo ela tendo feito o regime certinho. Explica também todo esse drama mexicano acerca do ocorrido.
Concluiu que já que era sexta-feira, poderia jogar tudo para o ar. Então, continuando com os clichês da noite, ela abriu o pote de sorvete, colocou seu pijama e deu play no filme que ela estava enrolando para assistir. Esqueceu dos jeans apertados no guarda-roupa e jurou a si mesma jamais subir em uma balança outra vez. Mas assim como a promessa que ela fez de nunca se apaixonar novamente, ela sabe inconscientemente que essa é uma garantia que mulher nenhuma pode dar.
E, de repente, o esboço de esperança que ela tinha desapareceu, dando lugar a um dos maiores sentidos figurados - e clichês - da decepção: o chão se abriu, deixando seus pés sem apoio. Uma queda imaginária, mas sem fim, que fez o seu estômago congelar. Seu corpo tremia.
Ainda anestesiada pela novidade, teve ganas de se punir. Queria qualquer coisa feia para si mesma como castigo por ter acreditado que daria certo. Pensou em desinfetar sua derrota com a ingestão de qualquer coisa alcoólica. Cogitou desistir de tudo, mais uma vez.
Depois de alguns instantes seu cérebro voltou a funcionar. E mais rápido, para compensar o tempo de letargia. Na pressa, dopou-a com uma descarga enorme de enzimas. Ao menos foi esse o diagnóstico que ela se deu quando sentiu uma vontade incontrolável de gargalhar. Achou que poderia estar louca. Talvez fosse isso mesmo. Tudo não passaria de um delírio esquizofrênico. Mas não era. Abriu e fechou os olhos e a verdade continuou ali, escancarada.
Voltou para o quarto para se recompor. Abriu a gaveta em busca do celular para pedir o ombro da amiga mais próxima. Mas antes de alcançar o aparelho, encontrou a cartela de anticoncepcional e viu que restavam apenas duas pílulas. Bingo. Ela estava de tê-pê-eme. Isso explica os quilos a mais, mesmo ela tendo feito o regime certinho. Explica também todo esse drama mexicano acerca do ocorrido.
Concluiu que já que era sexta-feira, poderia jogar tudo para o ar. Então, continuando com os clichês da noite, ela abriu o pote de sorvete, colocou seu pijama e deu play no filme que ela estava enrolando para assistir. Esqueceu dos jeans apertados no guarda-roupa e jurou a si mesma jamais subir em uma balança outra vez. Mas assim como a promessa que ela fez de nunca se apaixonar novamente, ela sabe inconscientemente que essa é uma garantia que mulher nenhuma pode dar.