Para que você saiba

14 de jan. de 2010 - não enviada por Graci
Ontem eu te dei um abraço, dois, mas queria mesmo é ter roubado ao menos metade da sua dor.

Fiquei ali enquanto você estava presente, porque se havia alguém que precisava de atenção – ou pelo menos de consideração -, era aquela que não conseguia manter os olhos abertos sem lágrimas. Olhar você, as outras pessoas, aquele cenário estranho e complexo, fez com que eu ficasse mortificada e inebriada.
Tive vontade de sair correndo para me sentir novamente viva. Senti o desejo de dizer para cada uma das pessoas que amo o quanto elas são importantes. Quis ter aquele homem que achei interessante na minha frente para poder lhe contar o quanto estaria disposta a me entregar. Quis ser imortal quando lembrei do Marco Antônio e do que eu significo para ele, tanto quanto ele significa por mim. E senti medo, muito medo. Fiquei parada, petrificada.

Pensei em quanto já tive medo da morte, no tanto que tenho e no que esse medo desencadeia. Desejei apenas não sentir medo quando ela estiver próxima, muito próxima apenas, porque, afinal, ela está em todos os lugares e ter medo dela é ter medo da vida. Mas, tenho medo de ver você de novo e a tristeza estampada em seu rosto, mas como você, que vai encarar a vida sem o seu amor, terei coragem para estar mais perto do nunca estive.

Essa é uma promessa, daquelas que serão cumpridas e não esquecidas com o surgimento de uma nova aurora.

4 Response to "Para que você saiba"

  1. Camila Rufine Says:

    Andei pensando muito na morte esses dias... e em como deve ser terrível e amedontrador (até a palavra 'amedontrador' põe medo - e é uma palavra muito difícil pra eu escrever).

    Saudades da sua graça e o seu charme.

  2. Paula de Assis Fernandes Says:

    Credo, Graci... me deu um gelo aqui dentro...

  3. Michele Matos Says:

    Eu evito pensar nisso. Mas assusta.
    =**

  4. Unknown Says:

    Nossa... Incrivel como conseguir traduzir exatamente a minha dor.