Não ouse ficar na minha frente...

27 de dez. de 2010 - não enviada por Camila Rufine 4 comentários
Pois meu pai é barra pesada.

Hoje saiu o resultado de um concurso que fiz. Tirei o segundo lugar, mas é só cadastro de reserva. Horas depois de comunicar o meu pai da minha conquista, ele volta para o meu quarto perguntando se eu tinha investigado a procedência da menina que tirou o primeiro lugar:

- Ah, pai. Dei uma investigada, mas não achei nada.
- Então deve ser uma tonta qualquer.
- Pai, se ela é tonta e tirou o primeiro lugar, o que eu sou?!
- Nããão. Não tiro os méritos dela. Mas é que se não tem nada sobre ela, é que ela não tem muitas qualificações e isso é ruim, pois significa que ela está desesperada pela vaga.
- É. Assim como eu.
- O jeito é investigar melhor, descobrir onde ela mora... e mandar matar.


Obs: Se a menina do concurso aparecer morta, não tenho nada a ver com isso. Meu pai pareceu bem convincente ao rir inocentemente depois de sua afirmação, o que me levou a crer que ele tinha acabado de fazer mais uma de suas piadinhas e que eu não serei cúmplice de assassinato nenhum. Mas a ideia até que foi boa.

Quer ouvir uma música?

22 de dez. de 2010 - não enviada por Camila Rufine 2 comentários
Não?
Eu já sabia. Por isso não enviei.



(Wake up in the morning
Looking in the mirror
I open with pain 
Bloodshot eyes againCoffee for the drifter
Hurt by the light of day
I screwed up in vain Bloodshot eyes again
No, no, no.

It's so hard.
I better get used to this
Some say nights are for sleeping

I say nights are for sinking 
In the quicksand behind 
My bloodshot eyes again
No, no, no.

It's so hard.
I better get used to this
'Cause it's bloodshot eyes forever
Can't fool myself, from now on it's
bloodshot eyes forever
For me, for you

For my brothers and sisters
At very morning and dawn
Bloodshot eyes forever)

Dal

12 de dez. de 2010 - não enviada por Graci 2 comentários
Crescemos juntas.
Entre nós algumas árvores, uma cerca, a velha gruta assombrada, além da sua e da minha mãe chamando para voltar para casa.
Fizemos piqueniques, brincamos de casinha no mato, exploramos um pântano tantas vezes, levamos bronca pela roupa suja simultaneamente. Eu da minha, você da sua mãe.
Comemos pitangas, peras, pêssegos, você também gabiroba. Que pavor eu tinha daquelas frutinhas amarelas! Eu podia até odiar, mas não era empecilho, resolvemos ser amigas para sempre.
Compramos bicicletas, pedalamos, começamos a jogar bola.
As duas, sempre as duas, todo mundo distinguia, mas sabia que o time era um só.
E passaram quantos, sete anos?
O suficiente para eu falar de você para alguém e ter de explicar quem você era, mesmo ele sabendo tanto de mim, não era para ser desse jeito. Entre nós, hoje mais que algumas árvores e a gruta: um abismo vindo não sei de onde.

Agora gosto de gabirobas