Gregório...

27 de jan. de 2009 - não enviada por CamilaRufine 4 comentários
Sempre que eu volto pra Campo Mourão eu vou pisando em ovos, evitando ruas e passando longe de possíveis pontos de reencontro com os piores mortos-vivos do meu passado. Mas mesmo com tanto cuidado, às vezes acabo me deparando com o inevitável. E quando isso acontece, é sempre o mesmo dilema: Será que eu finjo que não vi? Será que cumprimento? Será que essa pessoa se lembra de mim? Será que ainda está bravo(a) comigo? Será que ainda dá tempo de eu me esconder? Finjo autoconfiança ou simulo um infarto?

Sexta-feira eu fui na formatura do meu primo preparada para tudo, menos para encontrar você. Tudo bem que isso pode se dever ao fato de você não ter sido nada mais do que um fraco amor platônico de ensino médio ou de você ocupar o último lugar no ranking 'Qual a pessoa mourãoense que eu não gostaria de encontrar'. Mas não deixou de ser foda.

Depois que eu revi você, fui inundada por uma nostalgia-vergonhosa. Relembrei do período mais contrastante da minha vida. A época que eu saí de um colégio público no qual eu tinha vários amigos e pulava o muro da escola pra comer bomba de chocolate, pra entrar num colégio particular no qual eu era ninguém e lanchava no banheiro do colégio porque minhas únicas amigas me convenceram de que todo mundo zombava da gente. Lembrei-me que não tenho saudade daquela época e que, diferente do Humberto Gessinger, se eu soubesse antes do que sei agora, erraria tudo totalmente diferente.

Incrível como uma pessoa com a qual eu nunca troquei nenhuma frase em toda minha vida tenha conseguido, sem querer, me tirar a concentração durante todo o resto da festa de formatura. E nem foi porque eu estava querendo um remember, Deus que me livre. Mas da mesma forma, obrigada por me fazer concluir que, apesar de tudo, na média, minha vida está bem melhor do que era.

Att.:


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Ilma senhorita Camila Rufine Machado:

13 de jan. de 2009 - não enviada por Graci 5 comentários
Que Maysa, que nada!

Rainhas da fossa somos nós duas, minha “amilga”. Se não fossem nossas conversas desfalcadas, nossos e-mails fidedignos e nossa mútua associação ao fim do poço, não sei aonde eu estaria. Quero te dizer que você é peça fundamental nessa minha vida, mesmo morando ainda mais longe, mesmo em situação duvidosa, mesmo desempregada e eternamente encalhada.

Quero, também, pedir desculpas pelo abandono do blog.
Sim, eu sei que não tem desculpa, nem perdão, mas tente relevar. São bloqueios que vem e que vão e que, quem sabe, passam logo. Ou não. Please, não desista de mim, porque eu ainda tô remando.


Droga! Essa carta chegou ao seu destinatário. Tinha de ser eu para fazer isso. Aff!