No parquinho eu derretia sob o sol, enquanto observava o grupo de garotas a brincar de pirata e vigiava para que nenhuma tragédia envolvendo os meninos que eu cuido e a lei da gravidade acontecesse. Parei embaixo de um dos escorregadores para aproveitar alguns segundos de sombra, quando escutei:
- Tubarão! Tubarão! Tubarão!
Olhei para cima e vi, pela fresta da plataforma, o indicador de uma menina magricela que apontava para mim com os olhos esbugalhados. Não me contive e perguntei:
- Eu sou um tubarão?
Ela me fitou com um cinísmo quase adolescente e respondeu que sim. E continuou:
- Tubarão gigante, salve-se quem puder!
O resto da patotinha de meninas olhou para mim e começou a gritar desesperadamente. A garota magricela, que parecia ser a capitã do navio imaginário, passou a despejar ordens para as marujas, que começaram a correr para lá e para cá, como baratas detefonizadas. Eu estava desidratada demais para entrar no clima e simplesmente abstraí. Mas daquele momento em diante, toda vez que eu me aproximava do escorregador era o mesmo alvoroço. Até que as meninas foram embora.
Respirei tão aliviada pela desocupação do ambiente que me senti mais disposta. Então fui brincar com um dos 'meus' meninos, carregando-o nas minhas costas e dizendo:
- Pocotó, pocotó, eu sou um cavalo!
Mas a minha representação foi interrompida pelo garotinho que parou do meu lado para me corrigir:
- Você não é um cavalo. É uma girafa.
- Tubarão! Tubarão! Tubarão!
Olhei para cima e vi, pela fresta da plataforma, o indicador de uma menina magricela que apontava para mim com os olhos esbugalhados. Não me contive e perguntei:
- Eu sou um tubarão?
Ela me fitou com um cinísmo quase adolescente e respondeu que sim. E continuou:
- Tubarão gigante, salve-se quem puder!
O resto da patotinha de meninas olhou para mim e começou a gritar desesperadamente. A garota magricela, que parecia ser a capitã do navio imaginário, passou a despejar ordens para as marujas, que começaram a correr para lá e para cá, como baratas detefonizadas. Eu estava desidratada demais para entrar no clima e simplesmente abstraí. Mas daquele momento em diante, toda vez que eu me aproximava do escorregador era o mesmo alvoroço. Até que as meninas foram embora.
Respirei tão aliviada pela desocupação do ambiente que me senti mais disposta. Então fui brincar com um dos 'meus' meninos, carregando-o nas minhas costas e dizendo:
- Pocotó, pocotó, eu sou um cavalo!
Mas a minha representação foi interrompida pelo garotinho que parou do meu lado para me corrigir:
- Você não é um cavalo. É uma girafa.
11 de agosto de 2010 às 20:41
Hahahahahhahahha
Sábio garoto!
12 de agosto de 2010 às 10:57
Você riu ou deu um peteleco nele?
13 de agosto de 2010 às 16:32
PQP HUASHUHSUAUHASUHSA
21 de agosto de 2010 às 16:11
Huahuahuahuahauhauhauha Isso gera uma crise de identidade!
Ótimo de novo!
=**
29 de agosto de 2010 às 11:55
Vou chorar. Não gosto desse papo com o tempo...
Ótimo como sempre!
8 de outubro de 2010 às 16:51
Nossa que desrespeito com os animais!