A vermelhidão da bochecha, aprendi a mascarar com uma espessa camada de maquiagem. A gagueira, consigo evitar ficando quieta. A vontade incontrolável de rir, digo que é de uma piada antiga que lembrei - mas que não quero contar agora. O pânico de olhar nos olhos, difarço fingindo-me interessada por aquilo que está ao redor. As pernas bambas, compenso encontrando um pretexto para sentar. O complexo de inferioridade, oculto com piadinhas autopejorativas. A mania de ficar batucando com os pés para aliviar a tensão, tento fazer parecer menos irritante ao seguir o ritmo da música. E coragem, até consigo - mas ela só vem engarrafada.
Há cinco minutos eu ainda te culpava por não ter dado certo, quando me esforcei tanto em parecer uma pessoa próxima do normal. Mas é hora de encarar os fatos. Tudo o que não é natural pode ser interpretado como falsidade e eu me lembro de você dizendo que odiava mentiras. A verdade é que eu não consigo apenas ser, sem tentar ser diferente.
Foi quase bom enquanto durou. Pelo menos para mim.
Há cinco minutos eu ainda te culpava por não ter dado certo, quando me esforcei tanto em parecer uma pessoa próxima do normal. Mas é hora de encarar os fatos. Tudo o que não é natural pode ser interpretado como falsidade e eu me lembro de você dizendo que odiava mentiras. A verdade é que eu não consigo apenas ser, sem tentar ser diferente.
Foi quase bom enquanto durou. Pelo menos para mim.
4 de maio de 2010 às 13:32
Foi quase bom, graças à coragem engarrafada. Vamos dar o crédito para ela.
E agora, Camila?
Clap-clap!(isso é um aplauso pelo texto)
11 de maio de 2010 às 17:44
Clap-clap!²
E dá-lhe coragem engarrafada!