Não se reprima

11 de jun. de 2009 - não enviada por CamilaRufine
É claro que eu concordo com a idéia de que se o ser humano não entende ou não consegue colocar limites em si próprio, ele precisa ser coibido em prol do convívio e harmonia sociais.

As regras começam na família. Aqui em casa, por exemplo, minha mãe esconde (tenta) as caixas de chocolate para evitar a minha tentação, que é frequente. Certamente até os pais que não ligam de o namorado dormir no quarto da filha estipulam certas regras, como não ver o aspirante a genro andando de cueca vermelha livremente pelos corredores de casa. Mesmo nos sistemas mais simples e liberais, é preciso haver normas.

Limites também são estipulados nos outros grupos da sociedade, como na igreja, onde vamos de roupa comportada, como forma de demonstrarmos respeito e para não atiçarmos a luxúria, que é um dos pecados capitais. Bem como existem nas escolas e faculdades - como no laboratório de informática da universidade na qual me graduei. O computador de repente escancarava a tela vermelha escrita em letras garrafais e amarelantes: 'Acesso Negado!', denunciando a qualquer um a tentativa de infringir, conscientemente ou não, as leis de navegação da internet na instituição (A Graci que o diga, pois não conseguiu fazer uma pesquisa de Língua Portuguesa, devido aos termos 'pica' e 'pau', existentes em 'Sítio do Pica-pau Amarelo').

E eu preciso aceitar que, se é assim em todo lugar, não poderia ser diferente numa área tão caótica como a Internet. O Google deu pra implicar comigo e não me deixa vincular o link do nosso blog ao meu perfil no Orkut. Eu tento, de todas as formas, colocar o endereço do Não-enviadas nos campos status, quem sou eu, página-web e até na página de recados. Mas depois de alguns minutos aparece o maldito content suppressed, que porcamente traduzi como conteúdo reprimido. Desconfio que seja porque o link possui embutido ‘viada’ na palavra ‘enviada’ e o antispam dele deve ter entendido que eu pretendo propagar o preconceito. Se for isso, é um erro cometido por uma causa nobre e eu até respeito.

Mas acho que está bem claro que meu intuito aqui não é propagar preconceito nenhum e sim lutar contra os que ainda tenho. Por isso, aceitarei isso no embalo dos Menudos. O antispam pode até reprimir o conteúdo do que escrevo, mas não a mim. Continuarei não remetendo minhas filosofias rasas mesmo que os visitantes do meu perfil no Orkut não saibam da existência do Não-enviadas.


Por isso canta, dança, grita ô ô ô ô ô ô ô!


.

2 Response to "Não se reprima"

  1. Tatiana Lazzarotto Says:

    Hahahah

    Camila, você é ótima!
    Adorei seu texto, li numa sacada (sentada, paulada, ui) só.

    A lembrança do acesso negado na unicentro foi boa.

    Realmente, temos muito em comum.

    Bjo

  2. Paula de Assis Fernandes Says:

    hahaha...
    Camis, mto bom!!!
    ei, que vai fazer no domingo?!!