Guarapuava, 24 de fevereiro de 2006
Melhor começar logo a nossa vida correspondencial versão 2006, não é, dona Camis?
Só para não quebrar a velha corrente, começo a carta de hoje confusa. Não esgotadamente, porque já minei todos os meus estoques ontem à noite. Também estou com sono e talvez seja um pouco disso que me deixa tão alterada e fora de órbita... Ai, ai... Cadê meu gardenal... Preciso!
Depois de não sentir muitas coisas nestas últimas semanas, ontem, depois que o computador foi desligado, a última luz apagada e o beijo de boa noite dado, me pus a pensar na necessidade, quem sabe utilidade daquilo tudo, daquele contexto, daqueles dois personagens deitados na mesma cama.
Não sei bem por qual motivo tive vontade de me levantar e ir embora, mesmo sem ter algo que justificasse minha partida. Pensei em me levantar, juntar as coisas que espalhei pela casa inteira (dramática! Todos os dois cômodos da casa, que é uma quitinete) e sair sem olhar para trás. Mas, não consegui. Fiquei ali, sufocada.
(...)
Ps1: Não consegui terminar. Tentei duas vezes, mas ficou nisso.
Ps2: Não escrevi no diário. Escrevi para você, Camis.
Ps3: Às vezes acho que algumas coisas não deveriam ser escritas.
Melhor começar logo a nossa vida correspondencial versão 2006, não é, dona Camis?
Só para não quebrar a velha corrente, começo a carta de hoje confusa. Não esgotadamente, porque já minei todos os meus estoques ontem à noite. Também estou com sono e talvez seja um pouco disso que me deixa tão alterada e fora de órbita... Ai, ai... Cadê meu gardenal... Preciso!
Depois de não sentir muitas coisas nestas últimas semanas, ontem, depois que o computador foi desligado, a última luz apagada e o beijo de boa noite dado, me pus a pensar na necessidade, quem sabe utilidade daquilo tudo, daquele contexto, daqueles dois personagens deitados na mesma cama.
Não sei bem por qual motivo tive vontade de me levantar e ir embora, mesmo sem ter algo que justificasse minha partida. Pensei em me levantar, juntar as coisas que espalhei pela casa inteira (dramática! Todos os dois cômodos da casa, que é uma quitinete) e sair sem olhar para trás. Mas, não consegui. Fiquei ali, sufocada.
(...)
Ps1: Não consegui terminar. Tentei duas vezes, mas ficou nisso.
Ps2: Não escrevi no diário. Escrevi para você, Camis.
Ps3: Às vezes acho que algumas coisas não deveriam ser escritas.
20 de março de 2009 às 11:19
20 de março de 2009 às 11:19
Ai, graci. Eu li e senti tudo isso. Você sabe bem do que eu estou falando. Todo ponto final só é ponto final de verdade quando é precedido desse fator: desencanto.
Uma simples frase, um soslaio, uma risada e... puft... o principe vira sapo.
Queria estar perto pra te dar um abraço. Na páscoa, né???
Beijos, graci.
E um brinde aos grandes e pequenos desencantos de cada dia.
Camila Rufine
21 de março de 2009 às 18:58
Graci, eu queria comentar alguma coisa bem ninja... Mas acho que eu tô meio vazia hoje...
21 de março de 2009 às 20:14
Eu também estou vazia. Acho q, talvez, a falha está em pensar demais nos propósitos, quando eles não são necessários.